12.5.15

«A vida não é dada a grandes fantasias, minha filha», dizia-lhe a avó Belarmina, enquanto cerzia as meias do avô Joaquim. Mas Cristina, a neta, tinha nascido sonhadora, habitada por borboletas de papel e unicórnios gigantes. Da mãe, que morrera no parto, herdara também o sorriso solar e os olhos brilhantes. Em criança, queria ser professora ou enfermeira, poder ajudar o próximo. Mais tarde escolheu ser jornalista. Afinal o que queria mesmo era ajudar a salvar o mundo.