8.5.15

Um homem que cuida do embrulho de um livro, como se do aconchego do corpo de uma mulher se tratasse. A costureira despe cada uma das peles do embrulho, imaginando o tempo certo, a dobra perfeita que cada uma levou a vestir. Chegada à nudez do livro, sente o calor nascido no baixo-ventre, desejo que lhe intumesce os seios, desnorteando-lhe por momentos o olhar. Um acto de amor, entregue em papel manteiga e guita de algodão.