11.7.15

Há mais de uma semana que ninguém via o Sr. Bartolomeu. As portadas verdes fechadas e a erva seca do jardim eram sinal de ausência em casa. Ainda se perguntou por ele no mini-mercado da Dona São, mas ninguém sabia, ali não tinha voltado, deve ter ido para a filha, que está em Aveiro. Não sendo homem de muita conversa, sempre sozinho à soleira da porta, depressa se esqueceram de voltar a perguntar. Esta manhã, pouco passava das nove, chegou a filha em grande aflição. Estacionou de viés no adro da igreja e correu ao número 10. À porta aberta a custo, várias chaves experimentadas, seguiu-se um grito agudo, que ecoou até ao fim da rua, Meu pai!!